Trilha para o Pico Paraná

 

O Pico Paraná, localizado no município de Antonina, destaca-se por ser a montanha mais alta da Região Sul do Brasil. Um super convite para quem ama aventuras e trekking! 🙂

O PP, abreviatura pela qual também é conhecido, é uma montanha ícone para os montanhistas paranaenses, hoje bem divulgada pelo Instagram, é visitada por centenas de pessoas de todas as partes desse Brasilzão!

Para ver mais fotos e dicas dessa viagem e de outras aventuras, acompanhe o Hora na Estrada no Instagram!!! 

Trilha para o Pico Paraná – Informações Gerais

Início da Trilha: Fazenda Pico Paraná – Administração 41-9906-5574

Do aeroporto de Curitiba – Fazenda Pico Paraná: 70 km (1 hora de carro)

Para chegar até a Fazenda Pico Paraná, pegue a BR 116 em direção Curitiba – São Paulo até o km 46 após o pedágio (R$ 3,10). No km 46 tem uma ponto sobre o Rio Tucum, antes dessa ponte (1 metro) entrar numa estrada de chão a direita. Nessa estrada de chão são 5,5 km até a fazenda. Após rodar 2,7 km há uma bifurcação com um comércio a esquerda, seguir pela esquerda. Seguir na estrada de chão logo logo chegará a fazenda. Tem a marcação no Google.

Guia: não é obrigatório.

Entrada: R$ 10,00

Grau de dificuldade: MUITO difícil e técnico (trilha longa com vários pontos que precisamos utilizar os braços e algumas escalaminhadas em rochas)

Estimativa de tempo: 7 horas de subida até abrigo 2 => até o cume + 1h! Abrigo 2 até a fazenda + 6h de descida.

Na sede da fazenda, é feito um cadastro e o pagamento da taxa.

Aqui tem uma pequena vendinha, com alguns biscoitos, pastéis, bebidas e cerveja! 😉

Tem banheiro e chuveiro para os trilheiros! Deixe uma muda de roupa limpa + toalha no carro, para na volta da montanha iniciar o projeto – voltar para a civilização!

O gás para cozinhar eu encomendei com o administrador da fazenda. Lembrando que é proibido carregá-lo no avião.

O que você deve saber para fazer o planejamento da trilha!

 

• O Pico Paraná é uma montanha muito alta, com isso, está sujeita a variações atmosféricas que podem surpreender. Olhe a previsão do tempo antes e fique alerta.

 

• A trilha é sinalizada, possui algumas placas nos cruzamentos importantes. Primeira visão do Pico Paraná é no abrigo 01, descida e subida da crista (ponto mais difícil da trilha) chega no abrigo 02 e finalmente a pedra do cume. Baixei a trilha no Wikiloc (aplicativo) para maior segurança!

 

 

• Água tem no início da trilha, ainda na fazenda. O próximo ponto fica na bica entre o Caratuva e o Itapiroca. Há mais dois rios antes de chegar no abrigo 01. No abrigo 2 é possível pegar água t próximo a Casa de Pedras.

• Se possível leve bastões de caminhada. Eles irão te ajudar muito em vários trechos!

 

• Levar isolante e manta (de alumínio) térmica.

 

• Levar sacolas plásticas de reserva para trazer seu lixo na volta. Lembre que tudo que você consumir deve trazer de volta!

 

• Melhor época do ano para subir o PP => li que seria durante o inverno por ter uma menor probabilidade de chuva, porém o frio é de lascar um! Eu fui em novembro a temperatura mesmo com a chuva no primeiro dia estava ótima!

 

• Área para acampar: na fazenda onde há o estacionamento, no abrigo 1, no abrigo 2 e no cume. Mas salvo o acampamento da fazenda, os outros locais possuem poucos lugares para armar a barraca, mais um motivo para tentar chegar cedo!

Obs.: para fazer essa trilha sai de Brasília numa sexta-feira a noite, depois do trabalho e retornei no domingo a noite.

• Aluguei um carro pela RentCars no próprio aeroporto! Pegando na sexta a noite e devolvendo no domingo => R$180,00.

• A primeira noite dormi no IbisBuget próximo ao aeroporto de Curitiba. Reserve aqui!

 

Trilha para o Pico Paraná – Primeiro Dia

 

Distância percorrida: 7,6 km

Tempo na trilha: 7 horas

Acúmulo de subida: 1011 m

Acúmulo de descida: 348 m

 

A trilha, já de inicio, começa numa subida boa para aquecer as pernocas. No começo, o que se vê é uma trilha normal, bem aberta e sem obstáculos, mas na medida em que fomos subindo, aos poucos começam a aparecer degraus de pedras e raízes de tamanhos variados.

 

Gradativamente os obstáculos se multiplicam e se tornam cada vez maiores. Durante esse percurso muitas vezes será necessário utilizar os braços para subir nas raízes e passar grandes pedras. Me lembrou um pouco a trilha da Pedra da Gávea, porém muito mais longa!

 

Em vários momentos a trilha fica bem fechada, como na foto acima!

A chuva e os obstáculos naturais da trilha não permitiu acelerar o passo.

No dia que subi choveu bastante a partir do meio da trilha. Ao chegar no Acampamento 1, é possível avista o PP ao fundo!

Após esse trecho, tem uma descida e logo inicia a parte mais difícil de toda a trilha. Escalaminhada nos ganchos + cordas!!! O que dificulta a via é que os ganchos são muito distantes uns dos outros, precisa ter calma e paciência.

Nessa hora é preciso utilizar a rocha também, tem boas opções de pegadas! Essa passada até o A2 é necessário ter algum conhecimento ou prática de escalada!

Não aconselho quem não sabe escalar fazer sozinho.

 

De qualquer maneira, é sempre recomendável ir com alguém que tenha experiência e/ou conheça bem a região.

Após os paredões que possuem grampos e cordas, já estará bem próximo do acampamento A2.

 

Vista da área de camping do A2.

Trilha para o Pico Paraná – Segundo Dia

Aquele Bom Dia acima das nuvens que você respeita! 😉

Lembrando que por questões ambientais é proibido fazer fogo no local. Levamos nosso fogareiro porém devido as chuvas fortes do primeiro dia não conseguimos fazer nosso jantar. Só conseguimos utilizá-los no segundo dia para fazer o café!

 

Dica importante: para manter o seu casaco de chuva seco por dentro quando estiver chovendo é necessário vestir o capuz. Muitas pessoas não sabem ou esquecem.

 

O segundo dia foi um pouco mais tranquilo porque a chuva forte cedeu lugar ao Sol.

O segredo para passar nos pontos mais difíceis próximos ao acampamento A2 é ter calma e paciência. Gaste o tempo que for necessário para passar por esses pontos. Não tenha pressa! Respire profundo quando a perna ficar bamba….

Foto do lugar mais tensa durante a volta. O difícil nessa hora foi consegui apoiar o pé no primeiro grampo. Lembrando que estamos com a cargueira nas costas o que dificulta o equilíbrio.

Quando a trilha começa a abrir você já estará próximo do fim. Mas com o cansaço, o trecho final parece infinito, mas logo vemos a Fazenda ao fundo e aí dá aquele gás extra pra acelerar o passo!

Ao chegar à fazenda, tratamos rapidamente de tirar as botas e meias, e ficar descalços. Há um córrego ao lado do estacionamento para quem quer dar aquela refrescada. Outra opção é utilizar o chuveiro dentro dos banheiros.

Alguns rápidos minutos de relax na grama pra dar aquela realizada que você dentre em breve estará na civilização novamente!

Subir uma montanha exige mais que força física, é força psicológica, pode parecer loucura, talvez seja, mas é assim que a gente consegue realmente dar valor para as coisas mais simples da vida, na verdade você começa a perceber que possui mais do que realmente precisa.

Menos passa a ser Mais!!!

Ouso dizer que essa trilha foi a mais difícil que fiz!

 

Qualquer dúvida pergunte aqui!!!

 

Beijos da Hora. 🙂